Mulheres mais velhas visitam Quénia em busca de turismo sexual

O fenómeno do turismo sexual não é novidade nos destinos mais procurados, mas o Quénia assiste a um novo fenómeno que, como outros, levanta problemas de ordem diversa

Uma reportagem da Reuters foi até às praias índicas do Quénia – que se tornam destinos cujo interesse se aproxima dos safaris – e encontrou mulheres brancas (leia-se ocidentais) mais velhas (leia-se com idade superior a 50 anos) que ali se deslocam à procura de turismo sexual.

As autoridades quenianas acreditam que uma em cada cinco mulheres solteiras provenientes de países ricos procure sexo nas suas férias. Bethan e Allie são duas inglesas que a agência noticiosa encontrou, e que encaixam no perfil.

Com 56 e 64 anos, respectivamente, são melhores amigas e moram na mesma rua, no sul de Inglaterra. Para elas, o Quénia é um país «cheio de rapazes novos e grandes que gostam de nós, raparigas mais velhas».

Durante um mês contam palmilhar as praias quenianas e, tendo em conta os seus propósitos sexuais, farão bem em evitar as autoridades, ainda que estas não se mostrem alarmadas com as proporções desse fenómeno.

«Não é um inferno. Mas certamente é algo com que nos debatemos», diz Jake Grieves-Cook, responsável pelo Gabinete de Turismo do Quénia, a propósito da procura de jovens negros por parte de mulheres brancas mais velhas. Num país com uma taxa de incidência de SIDA de 6,9 por cento, o assunto deveria ser levado bem a sério.

Isto porque, bastas vezes, o exotismo das fantasias sexuais de quem procura aquelas paragens não se coaduna com o uso do preservativo. «Demasiado complicado», explica uma investigadora académica em turismo sexual, citando muitas das pessoas com quem fala, referindo-se ao uso do preservativo.

Fonte: sol.sapo.pt